Escola é lugar de vida, saúde e desenvolvimento integral. Dos alunos e também dos educadores. Colocar sua integridade em risco é ameaçar a própria Educação.
Portanto, é uma temeridade manter escolas abertas quando o país enfrenta seu momento mais crítico da pandemia.
Contudo, a necessária suspensão das atividades escolares presenciais não pode justificar qualquer negligência, rebaixamento ou supressão dos direitos educacionais dos estudantes.
Crianças, jovens e adultos têm seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento detalhados pela Base Nacional Comum Curricular aprovada em 2017 e 2018 depois de um longo e sinuoso debate nacional.
Mesmo que imperfeita, a BNCC se mostra infinitamente mais progressista do que as posturas e políticas reducionistas e obscurantistas patrocinadas pelo governo Bolsonaro.
Neste momento, se considerada de forma crítica e criativa, a BNCC passa a ser um instrumento de resistência aos ataques desferidos contra a Educação. É hora de considerá-la com cuidado quando, além de vidas, nosso futuro está em risco.
Ela pode ser uma bússola para educadores, estudantes e suas famílias ao procurarmos ver alguma luz no fim do túnel.
O fato é que não basta lutar para parar e fechar escolas na pandemia: também é preciso saber como continuar. Claro, se o Brasil sobreviver aos atuais governantes.