A Assembléia Legislativa realizou na manhã desta sexta-feira, 23/11, no plenário Juscelino Kubitschek, a cerimônia de abertura, a diplomação e a eleição da Mesa Diretora do Parlamento Jovem. Iniciado em 1999 e inspirado em projetos da deputada Célia Leão (PSDB) e do ex-deputado César Callegari, o Parlamento Jovem tem o objetivo de propiciar aos jovens uma experiência positiva do exercício efetivo da cidadania e da democracia e de encontrar nos jovens propostas claras e idéias objetivas que são apresentadas em forma de projetos.
A mesa que dirigiu os trabalhos foi composta pelos deputados Célia Leão (PSDB), Maria Lúcia Prandi, Rui Falcão, Sebastião Almeida e Marcos Martins (todos do PT), e pelo ex-deputado e atual membro do Conselho Nacional de Educação, César Callegari. Estiveram presentes também vereadores e prefeitos de várias das cidades que enviaram deputados jovens.
Célia Leão disse que, no final do dia, os deputados deverão sair daqui com uma carga de obrigação redobrada pelo compromisso que acarreta a representatividade popular, porque “representar o povo é um status sagrado” e experimentarão um pouco do que é a realidade de um deputado, que é marcada por “abnegação pela vida pública”. Ela sublinhou a importância do voto como instrumento de igualdade social.
César Callegari, destacando que os jovens têm idéias generosas para resolver os inúmeros problemas que ainda existem no país, expressou sua preocupação com nossa realidade na Educação e considerou que “o Brasil não pode ficar atrás na constituição de uma cidadania planetária” o que pode ser conseguido com o concurso da obrigatoriedade de ensino de Filosofia e de Sociologia no curso secundário, que proporciona ao jovem brasileiro uma condição de igualdade com os jovens de outros lugares do mundo, tornando-os capacitados a desenvolver um juízo crítico. Callegari crê que o Parlamento Jovem objetiva esta transcendência.
Alertando sobre o cuidado com a campanha generalizada que desqualifica a atividade política, Rui Falcão introduziu a necessidade de se saber que “a democracia se constrói no contraditório e que seu avanço deve considerar as formas diretas de participação popular”.
Já Sebastião de Almeida considerou o Parlamento Jovem “um dos momentos mais ricos desta casa, porque é a melhor maneira de a juventude se apropriar da política”. Para ele a “grandeza da política é ir além de questões partidárias”, e os jovens que participam do Parlamento precisam entender que a participação política não deve se limitar apenas ao dia de hoje, mas ser um exercício constante para construção de uma cidade e um país melhores.
A manutenção constante da Democracia também foi objeto de Maria Lúcia Prandi, que focalizou as liberdades democráticas e seu exercício atual, sublinhado ainda a ampla liberdade de denunciar que temos hoje. Ela encerrou a primeira fase do evento dizendo que “é preciso que se tenha clareza do significado da política” e elogiando a precisão de análise encontrada nos projetos apresentado para esta 9.ª edição do Parlamento Jovem.